Die Partei Núcleo do PT – Colônia und die brasilanische Kichengemeinde Noites de Glória, Dortmund – 44263 Dortmund Hörde, Aldinghofer Straße 2a lädt am Samstag, den 11. September 2010 zu einer Unterstützungskampagne für die Präsidentschaftskandidatin Dilma Rousseff ein.
Die Wunschkandidatin Dilma Rousseff des scheidenden Präsidenten Luiz Inácio Lula da Silva wurde auf einem Parteitag der Arbeiterpatei PT offiziell als Kandidatin für die Präsidentschaftswahlen am 03. Oktober 2010 nominiert und versprach, den Kurs des beliebten Amtsinhabers fortzusetzen.
Nach letzten Umfragen des Meinungsforschungsinstituts Ibope liegen Rousseff bei 47 Prozent und ihr ärgster Konkurrent José Serra von der sozialdemokratischen Partei PSDB und Gouverneur des Staates Sào Paulo bei 30 Prozent. Weit abgeschlagen auf dem dritten Platz kommt die von der PT zu den Grünen gewechselte ehemalige Ministerin Marina Silva mit 9 Prozent.
*por FERNANDO RIZZOLO
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Toda manhã, como se isso já fosse rotina, ele voltava para casa com uma sacola contendo alguns produtos embrulhados num papel-jornal. Caminhava daquele seu jeito de menino pobre, meio se esforçando para andar com o peso daquele saco, pisando firme na estrada de terra de mais ou menos dois quilômetros, a distância entre sua casa e a venda. De olhar franzino, pernas finas, rosto moreno e cabelo mal cortado, ele fazia aquele trajeto todos os dias.
De vez em quando passava um caminhão pela estrada empoeirada, e lá já não se via mais ele, até a poeira assentar. Mateusinho era seu nome, e assim ele era conhecido em Potuverá, um bairro da periferia de Itapecerica da Serra, município da região metropolitana de São Paulo. Era filho de dona Eunice, desempregada, costureira, mãe solteira, que vivia do Bolsa-Família, o que, segundo ela, “ajudava a criar Mateusinho”. Vez ou outra eu levava algumas roupas à sua casa para ajustar, fazer barra, reforçar os botões, essas coisas que costureiras de bairro costumam fazer. Sua casa era humilde, de móveis pobres, e havia uma mesa simples, com toalha de plástico, que cheirava a café feito na hora. Num canto da sala, perto da TV, havia uma imagem do presidente Lula, dessas que se recortam em revistas.
Ainda me lembro da última vez em que lá estive. Mateusinho estava se preparando para ir à escola, e num gesto amistoso, ainda segurando minhas roupas nas mãos, a serem entregues a dona Eunice para o devido reparo, eu disse a ele: “Tudo bem, Mateusinho? Te vejo sempre pela manhã, na estrada, a caminho da venda”. Num gesto tímido de criança, ele me olhou e balançou a cabeça, como se dissesse “sim”. Com olhar de mãe orgulhosa, rindo, dona Eunice completou minha frase e disse a Mateusinho: “Diz bom-dia pro moço”. Então, desajeitado, ele sorriu e disse “Bom dia”, com voz baixinha.
Quando já estava de saída, eu disse a dona Eunice: “A senhora gosta do Lula, não é? Vi a foto dele lá perto da TV”. Tão logo concluí a pergunta, percebi que Mateusinho olhou para mim e num sorriso se antecipou e disse: “Ela gosta do Lula e eu também”. Dona Eunice balançou a cabeça, como quem agradecesse ao presidente, e completou: “Adoramos o Lula”. Foi naquele momento que percebi que aquela fotografia, meio perdida ao lado da TV, para aquela família simples, pobre e sem recursos, significava mais que uma foto – Lula ali era um pai, um pai que naquela casa nunca existira. Dei-me conta também de que o trajeto diário de Mateusinho entre sua casa e a venda, como se cumprisse uma oração, era a possibilidade daquela família pobre, através do Bolsa-Família, de comprar uma manteiga, um pão e um leite que alimentavam mãe e filho e davam o mínimo de dignidade e segurança àquela união familiar destroçada pelo destino, como tantas por este Brasil.
Já no portão, despedindo-me, comentei: “Logo o presidente Lula vai nos deixar, não é? Vai acabar seu mandato”. E complementando ainda fiz uma observação: “Acho que o dia em que a gente acordar e souber que o Brasil não mais terá o Lula a gente vai sentir, não é?”. Foi quando os olhos de dona Eunice marejaram, e de mãos dadas com o seu Mateusinho ambos me olharam com cara de quem queria chorar. Naquelas mãos dadas entre mãe e filho, vi mais que tristeza nos olhos dos dois – vi receio, saudade e gratidão de gente que nunca teve nada por um presidente que serviu de pai e supriu a lacuna da miséria e da desesperança, com inúmeros projetos de inclusão social. Ao abrir o portão, dona Eunice me olhou e, apertando mais ainda a mãozinha de Mateusinho e a minha, me disse, com os olhos cheios de lágrimas: “Não quero nem pensar nesse dia, doutor. Pra mim vai ser igual à despedida de um pai. Vou me acabar de chorar, espero que a Dilma seja nossa presidenta, a escolhida por ele”.
Fernando Rizzolo é Advogado e editor do Blog do Rizzolo –
A meta do Plano Nacional de Banda Larga de levar a conexão em alta velocidade a cem cidades ainda este ano está mantida, se não houver imprevistos, em novembro ou dezembro a banda larga poderá começar a ser implementada em diversos munícipios.
O grande projeto na área de comunicação do governo Lula é a criação de uma banda larga popular o que possibilitará a entrada de milhares de brasileiros no mundo da internet.
No I Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas mostrou a força de centenas de blogueiros independentes apontando um grande crescimento de blogs. Se compararmos com os números há 8 anos, melhoramos muito, e Blogosfera tem um peso maior.
A Blogosfera Progressista faz um contraponto bastante razoável à imprensa escrita, mas não dá para comparar o peso da televisão. A televisão é muito mais poderosa ainda do que a internet no Brasil. É algo massacrante: 98% dos brasileiros veem televisão, e talvez apenas 30% ou 40% tenham acesso à internet.
A banda larga brasileira é cara, lenta e localizada.Concentra-se nas classes A e B e ignorou a classe C e ignorou o Nordeste. O Brasil dispõe de uma rede paralela à das empresas privadas, que é a infra-estrutura de Eletronet, da Eletrobrás e da Petrobrás.
A partir dessa rede, a Telebrás poderá entregar, em 2014, banda larga a 4.278 municípios. Hoje, as telefônicas privadas dizem que só estão interessadas em concorrer em 148 municípios.
O presidente da Telebrás, Rogério Santanna, fez comentários sobre críticas feitas pelo candidato do PSDB à Presidência, José Serra, ao Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). Segundo ele, nos últimos dias, o tucano teria dito que, em caso de vitória nas urnas, “descartaria a Telebrás” e que ainda prepararia um “plano surpresa”.
Serra é contra a Telebrás e como sempre não entende que está é uma medida para beneficiar a população que ainda não tem acesso a internet.
Com a banda larga, quanto mais houver acesso ao computador e à internet, um percentual maior de pessoas poderá ser incorporado a essa rede alternativa de informação. Por isso é que o Plano Nacional de Banda Larga é tão estratégico
Concorrência não faltava à diretora-superintendente da Folha de S.Paulo e presidente recém-reeleita da ANJ (Associação Nacional dos Jornais). Mas o fator decisivo para a “vitória” de Judith foi sua confissão de que hoje a grande mídia — e não o PSDB ou o DEM — é que realmente desempenha o papel de oposição ao governo Lula. Com Judith, o chamado PiG (Partido da Imprensa Golpista) mostrou, sem cerimônias, sua verdadeira face.
Diversidade
A resistência à mídia hegemônica e a oposição ao ideário direitista de Serra são pontos consensuais num Encontro que, contraditoriamente, demonstrou e enalteceu a diversidade da blogosfera, bem como seu caráter democrático. Nem todos os participantes são de blogs que se debruçam sobre as eleições presidenciais ou os abusos da grande imprensa. É o caso de Débora Maria da Silva, líder do movimento Mães de Maio.
À frente de um blog que leva o mesmo nome de seu movimento, a ativista aderiu à mídia alternativa devido aos acontecimentos que abalaram o estado em maio de 2006. Em retaliação à ofensiva do PCC (Primeiro Comando da Capital) sobre o sistema penitenciário e policial no estado, agentes de segurança exterminaram 562 pessoas naquele mês – “mais do que a ditadura” liquidou em 21 anos. Uma das vítimas, lembra Débora, foi uma mulher grávida que estava a três dias de fazer cesariana.
“São Paulo é um estado capitalista e autoritário”, denunciou Débora, ao lado de Nassif e PHA, na mesa de abertura do Encontro. Segundo ela, é à blogosfera que os movimentos devem recorrer para lançar seus pontos de vista e tentar sensibilizar a opinião pública. “O blog é um espaço democrático para nos manifestarmos. Não podemos deixar que barrem o direito de pensar do brasileiro, e a luta só se ganha com pressão.”
Triunfo do campo de cá
Nassif, ao analisar a relevância da blogsfera, também saudou o “momento histórico” da mídia alternativa, de que o Encontro é um contundente exemplo. Para ele, a frente de blogueiros ajudou a derrubar uma ofensiva da grande mídia, iniciada em 2005 com o proósito de derrubar, via impeachment, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nassif não poupou críticas à irresponsabilidade da grande mídia, especialmente da Veja e de seus “blogs intolerantes, divulgando o preconceito”.
Segundo Nassif, essa guerra acabou – com triunfo do campo progressista. “É o fim de um de um ciclo em que a mídia se tornou uma máquina de triturar reputações. O que nos uniu foi a luta monumental contra a ultradireita, para garantir os direitos básicos da sociedade civil”, afirma. “Vem um grande país pela frente, e nós temos o orgulho de dizer que participamos dessa construção.”
Já Paulo Henrique Amorim acredita que, apesar da “derrota fragorosa de Serra”, a grande mídia segue poderosa e influente. “Temos pela frente uma batalha pela liberdade de expressão. O PiG resiste, tem bala na agulha e vai resistir. Nós temos de lutar contra ele”, discursou.
A seu ver, o enfrentamento requer financiamento e resultados práticos. “Não podemos ser uma indústria que não encontra seus mecanismos de sustentação financeira”, diz PHA. As verbas, segundo ele, servirão para pagar eventuais advogados – mas também para buscar a notícia em primeira mão. “Os blogs precisam informar. Opinião não ganha jogo. O que ganha jogo é a informação.”
Nega o que pediu ao STF: o fim do ProUni…
O presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ) pegou pesado. Chamou Dilma Rousseff de “mentirosa” por ter afirmado que os demos querem acabar com o ProUni. Acusou a candidata de “deturpar” o assunto e negou que seu partido tenha pedido a suspensão do programa na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) a que deu entrada no Supremo Tribunal Federal (STF). Rodrigo alegou que houve apenas um “questionamento técnico”.
A mesma negativa, aliás, apresentada por José Serra (PSDB-DEM-PPS) no debate da Folha/UOL, quando disse que o seu aliado DEM levantou uma “questão de constitucionalidade” sobre o ProUni. O DEM entrou contra o programa, sim, e o nome do processo já diz tudo: Ação Direta de Inconstitucionalidade. Ora se entrou com uma ADIN e ela fosse aceita (no mérito, pelo STF) o ProUni deixava de existir na mesma hora. O governo teria que enviar outra lei ao Congresso Nacional.
Assim, tudo o que o Rodrigo Maia disse é pura enrolação típica dele. Acusado, faz-se de vitima e calunia o adversário. Em outubro de 2004, o DEM e a Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino (CONFENEM) moveram uma ADIN contra o ProUni, que oferece bolsas de estudos em universidades privadas a estudantes de baixa renda.
Deputado não tem credibilidade
As bolsas são oferecidas a alunos aprovados pelo ENEM cujas famílias ganham até 3 salários mínimos. Por isso o DEM alegou na ADIN que o programa criou uma discriminação entre os cidadãos brasileiros desrespeitando os princípios constitucionais da isonomia e da igualdade.
Mas, o deputado não tem hoje credibilidade nenhuma. Nem campanha para seu candidato a presidente, Serra, ele tem feito. Apesar de seu partido ser o principal aliado do tucano e até ter imposto o vice da chapa, o deputado Índio da Costa (DEM-RJ).
A manifestação do presidente nacional demo confirma, mais uma vez, que com os aliados do DEM que o Serra tem ele não precisa de adversários. O ex-prefeito do Rio César Maia, candidato a senador pela coligação PV-PSDB-DEM-PPS (a de Serra, no Rio) dedica-se a criticar o programa de TV da propaganda eleitoral serrista; o deputaqdo Rodrigo Maia a dizer absurdos como este, que eles não são contra o ProUni. Então entraram com a ADIN para quê? Isso é uma piada de mau gosto.
Por José Dieceu
Foto: MEC
Mais de 50 dias depois de ter sido escolhido vice de José Serra (PSDB) num processo que quase rachou a coalizão em torno do tucano, o deputado federal licenciado Indio da Costa (DEM-RJ) cumpre, em carreira solo, papel coadjuvante e descolado da coordenação-geral da campanha.
Serra bateu o martelo sobre o nome de Indio –com quem só havia falado uma vez– horas antes do prazo para a realização da convenção do DEM, em 30 de junho. O partido ameaçava largar o barco tucano caso Serra não aceitasse um demista.
Folha e UOL reúnem candidatos à vice-presidência na 3ª em SP
Vice de Serra acusa governo de trocar mensalão por loteamento para ganhar apoio
Serra diz que Indio da Costa terá papel de fiscalizador em seu governo
A favor de Indio pesou ser jovem, do Rio (terceiro maior colégio eleitoral do país) e ter imagem ética pela relatoria do projeto da Lei da Ficha Limpa na Câmara. Sua missão era compensar o palanque frágil de Serra no Rio e catapultar sua votação e a simpatia entre os jovens.
As “virtudes” do vice, porém, não funcionaram. O Datafolha mostra queda de 13 pontos percentuais de Serra no eleitorado de 16 a 24 anos, entre os levantamentos do dia 24 de julho e o de ontem. Foi a faixa etária em que Serra mais caiu, e em que Dilma Rousseff (PT) mais cresceu.
No Rio, a ação de Indio também foi inócua. Serra estava seis pontos atrás de Dilma em 24 de julho. Após três semanas, a diferença aumentou para 16 pontos.
Até sexta-feira, com 45 dias de campanha oficial, Serra fez 24 viagens, fora os compromissos no Rio e em SP. Indio só o acompanhou em um deles, em 9 de julho, quando participou de menos de dez minutos de corpo a corpo em Vitória (ES).
De lá para cá, além das visitas de Serra ao Rio e de dois eventos em SP, Indio só fez campanha para o tucano fora do Estado uma vez: na sexta-feira, em Florianópolis.
O roteiro é definido pelo próprio. Segundo a senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), responsável pela organização da agenda de Serra, ela não trata do roteiro de Indio.
“A agenda é ele e sua assessoria que decidem”, diz.
Márcia Denser*
- Em 16/8, segunda-feira: IBOPE: DILMA 41% x SERRA 32%. Com apenas dez dias de intervalo entre os dois levantamentos do Ibope, Dilma dobra a vantagem sobre Serra, ampliando a diferença de 5 para 11 pontos. A pesquisa, que entrevistou 2.506 pessoas entre 12 e 16/8, apurando somente os votos válidos, deu Dilma 51% x Serra 38%. Ou seja, se as eleições fossem hoje Dilma ganharia no 1º. Turno.
- Nesse mesmo dia, em Porto Alegre, sob o efeito atordoante do Ibope, Serra elogia (pela ordem) Yeda Crusius (grande governadora!), Leonel Brizola e João Goulart! Perguntinha no editorial da Carta Maior: o tucano ainda é candidato a presidente ou aspirante a compositor de samba enredo? Porque parece que vai adotar, como jingle de campanha, uma espécie de Samba do Crioulo Doido Volume 2
- Fala 2 de Zé Pedágio em Porto Alegre: ”Não sou daqueles que dizem que o Congresso Nacional tem 300 vigaristas ou picaretas. Teve alguém que disse isso. Hoje, estão todos com a outra candidata”. Serra referia-se “sem se referir” a uma declaração de Lula em 1993, porque mal do Lula ele não pode falar, aliás, segundo um analista do Estadão, cada vez que Serra fala perde mais votos, logo …
- Ele prefere botar o Lula logo na primeira estrofe do seu jingle de campanha, o que aponta para uma séria crise de identidade, segundo Jorge Furtado em seu blog, um jingle que é: 1) uma tentativa de fraude, pois investe na ignorância ou desatenção do eleitor, numa aposta que se tornou padrão; 2)uma confissão de derrota porque nunca na história deste país (ou de qualquer outro) se soube dum candidato que incluísse no jingle, logo no primeiro verso, o nome do opositor.
Como se o hino do Corinthians desse vivas ao São Paulo FC;
- Então, voltamos ao Samba do Crioulo Doido. Zé Pedágio já testou todos os discursos e combinações possíveis: de continuador de Lula, passando por pós-Lula, até sucessor de Álvaro Uribe (minha nossa!) na liderança da direita no Cone Sul;
- E absolutamente não ajuda nada Maitê Proença, na coluna da Sonia Racy, apelar “aos machos ferozes” para que exerçam seu “direito” de discriminar ferozmente o sexo oposto evitando assim a vitória de Dilma;
- O inevitável efeito “vai perder” nos blogs sinistros, sobressaindo o Noblat. Aliás, o site AmigosdoSerra está fora do ar há semanas.
- Apesar de pesquisas de opinião informarem que Bolívia, Venezuela, Cuba, FARCs, ergo comunismo-guerrilha-anos 60, são bobagens que, ou não chegam, ou não mobilizam a população, não obstante, lá está a Dilma Terrorista como matéria-piloto da revista Época desta semana.
Em tempo: Pós-divulgação da pesquisa do Ibope e devido ao bombardeio de internautas lembrando os laços espúrios das Organizações Marinho com a ditadura, com a qual lucrou durante 20 anos, o site de Época retirou a opção de enviar e ler comentários. E pano rápido.
- Mas sempre sobrarão muitíssimos demo-tucanóides com idéias “jeniais”:
1) Senadora tucana do Mato Grosso do Sul, Marisa Serrano propõe seguro-desemprego para artistas, músicos e técnicos de espetáculos devido à “instabilidade do mercado” (Ué! Mas o mercado não é uma maravilha? Não foi o neoliberalismo que impôs o darwinismo trabalhista acima de tudo? Sem absolutamente nenhuma contrapartida?);
2)Não esqueçamos nosso precioso Paulo Renato que felizmente retirou a proposta – descaradamente eleitoreira, senão fosse totalmente imbecil – de dar R$ 50,00 para cada aluno que fizesse recuperação (e para o professor,queridinho, não vai nada?);
3) Deu na coluna da Eliane Cantanhêde: última esperança do Serra é a Dilma perder votos entre as classes desfavorecidas, sobretudo no Nordeste, por causa da exigência de dois documentos pelo TSE, a colunista cinicamente achando “super-válido e super-positivo se o lance der vitória ao Serra” (se depender aqui do Congresso em Foco, sem chance:como já fazemos há tipo 6 anos, vamos divulgar o máximo possível todos os procedimentos necessários no sentido de orientar o eleitor).
- Em que pese já estar sendo inexorável desde algum tempo a ascensão de Dilma nas expectativas de voto, simultânea à queda vertical da candidatura Serra, a campanha tucano-pefelista prosseguiu acumulando erros, furos n’água, estratégias entre anacrônicas, estúpidas e equivocadas a tal ponto de se perceber o quanto ela desconhece os corações e mentes da população que pretende manipular via PIG, representado pela rede Globo, Folha, Estadão, revistas Veja, Época, Isto É & blogueiros nefandos;
- Segundo Emir Sader, a própria revista conservadora britânica The Economist considera que o povo brasileiro gosta do Estado porque lhe garante direitos. Como esta problemática – a dos direitos – não está incluída na ótica neoliberal, a direita brasileira é vitima dos seus próprios preconceitos e fica na contramão da opinião dos brasileiros;
-Comprovadamente, outro tema que já não mobiliza a opinião pública é o “mensalão” do PT (mensalão who????). Que o diga William Bonner nas “entrevistas” com os candidatos no Jornal Nacional, cujo favoritismo explícito pró-Serra e questões tolamente capciosas anti-PT, resultaram numa verdadeira aula magna de jornalismo canalha e estúpido, uma vez que subestimou o tempo todo o espectador. Ao fim e ao cabo, disse muito, disse tudo e falou alto mas por tudo o que não foi dito, por tudo o que foi calado, truncado. Interdito.
Donde as perguntas que não querem calar (das quais Zé Pedágio se esquivou tão lindamente, como se nem fosse com ele): será que, como presidente, ele
a) vai estender o pedagiômetro por todas as estradas federais?
b) privatizar a Petrobrax, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal?
E – medida sem precedentes: c) pagar a todos os alunos para irem à escola?
d) e, nesse caso,quanto pagaria ao professor?
e) hem?
- E no retorno às aulas, botar um cartaz na entrada de todas as escolas: Welcome to School! Como eu vi ontem, terça, 17/8, à entrada do Colégio Madre Cabrini, no bairro paulistano de Vila Mariana. Pois é. E eu me queixando da falta de leitores. Lembrando aqui que ISSO é um fenômeno que ainda acontece em Sampa onde, a despeito da sucessiva e incessante hecatombe tucana que assola os governos estaduais – a propósito, parece que o estado de São Paulo nem existe mais, se mudou para Miami! – Alckmin (PSDB), o picolé de xuxu diet, novamente dispara à frente de Fernando Mercadante (PT);
- Alguns leitores e internautas definem os governos tucanos em Sampa pela sigla PPPP: Privatização, Pedágios, Presídios & Porradas (a serem distribuídas aos “subversivos da vez”,tais como policiais & professores grevistas).
O fato é que a direita não tem projeto, apenas recicla a barbárie. Só lhe resta o terrorismo ideológico alimentado pela onipresente e difusa mentira hipócrita e puritana, ora dirigida ao narcotráfico, ora aos fumantes, ora pela satanização dos movimentos sociais. Desconsiderar o que vai nos corações e mentes da população faz parte do perfil da direita cujo projeto implica fundamentalmente em promover a despolitização, privatizar absolutamente tudo o que é público, esvaziar os direitos do trabalhador e cidadão, deixar todas as questões sociais sob a tutela dum estado repressor e policialesco.
E o arremate final é do Zé Simão, no UOL, consolando Serra: “Sempre haverá um pedágio no fim do túnel”.
ET: Fechando a coluna, saiu o Vox Populi: Dilma 45% x Serra 29%, assinalando 16 pontos de diferença. Pulando mais 5 em relação ao Ibope, que marcava 11 pontos.
Nesse pé, Serra também vai se mudar para Miami.
*A escritora paulistana Márcia Denser publicou, entre outros, Tango Fantasma (1977), O Animal dos Motéis (1981), Exercícios para o pecado (1984), Diana caçadora (1986), A Ponte das Estrelas (1990), Toda Prosa (2002 – Esgotado), Diana Caçadora/Tango Fantasma (2003,Ateliê Editorial, reedição), Caim (Record, 2006), Toda Prosa II – Obra Escolhida (Record, 2008). É traduzida na Holanda, Bulgária, Hungria, Estados Unidos, Alemanha, Suiça, Argentina e Espanha (catalão e galaico-português). Dois de seus contos – O Vampiro da Alameda Casabranca e Hell’s Angel – foram incluídos nos 100 Melhores Contos Brasileiros do Século, sendo que Hell’s Angel está também entre os 100 Melhores Contos Eróticos Universais. Mestre em Comunicação e Semiótica pela PUCSP, é pesquisadora de literatura, jornalista e curadora de Literatura da Biblioteca Sérgio Milliet em São Paulo.
Queridos amigos,
Há aproximadamente 6 meses, a nossa Companhia – Teatro da Curva – recebeu um convite do Camden Fringe Festival , de Londres, para apresentar o espetáculo “Otimismo”, de Voltaire, adaptação de Ralph Maizza. Estreamos esse espetáculo em 2008 e ao longo de 2 anos fizemos 3 temporadas. Esse convite representou a expansão e coroação de um espetáculo realizado com poucos recursos, mas com muita dedicação, profissionalismo e amor. Durante esses 6 meses, trabalhamos continuamente e intensamente no levantamento de recursos afim de financiar a nossa viagem, visto que não haveria remuneração financeira, e sim apenas o intercâmbio cultural. Levantamos a verba necessária e adaptamos o nosso espetáculo para atender às necessidades do público inglês, de forma a proporcionar uma ampla compreensão do texto encenado, sem que o mesmo perdesse a sua essência.
Enfim, reunimos toda a documentação necessária de acordo com a legislação da imigração inglesa e seguindo orientação do Festival, que inclusive nos enviou uma carta convite, constando o nome de todos os envolvidos, para que a mesma fosse apresentada na imigração. Nos endividamos, recebemos o apoio de amigos, familiares e classe artística, e embarcamos rumo à concretização dos nossos sonhos e expectativas. Após uma longa viagem de 12 horas, chegamos cansados, porém muito empolgados e felizes, em solo inglês. Num primeiro momento, fomos recebidos cordialmente pelos agentes da imigração inglesa. Apresentamos todos os documentos necessários, demos as devidas explicações e fomos sinceros e claros quanto aos nossos objetivos em território inglês. Entregamos ao oficial nossos passaportes, a carta convite, as passagens de ida e de volta, o endereço no qual ficaríamos hospedados com carta de acomodação e informamos o quanto possuíamos em libras, quantia essa mais do que suficiente para bancar a nossa permanência em Londres durante os 10 dias de viagem.
Enquanto o oficial da imigração checava toda a documentação apresentada, fomos conduzidos a outra sala, onde nos revistaram e também as nossas bagagens, tudo de maneira cordial, porém, com algumas perguntas evasivas e atitudes invasivas (como, por exemplo, pedir para traduzir a carta de “boa viagem” da mãe de um dos atores, entre outras violações). Após 5 horas de espera, sendo ludibriados pelos oficiais da imigração, que nos diziam tudo aquilo se tratar de procedimento padrão para que pudéssemos entrar em território inglês, fomos comunicados da nossa inadmissão naquele país. A imigração alegou que não poderíamos entrar, pois não se tratava de um festival que possuía registro oficial e, portanto, o mesmo não tinha o direito de nos convidar. Sendo assim, necessitávamos de um visto de trabalho. No entanto, segundo cláusula do site de imigração londrina (no qual não consta a lista de registro dos Festivais Oficiais), é permitida a entrada no país de turistas e artistas para mostrarem o seu trabalho temporariamente, num período de 10 dias, não necessitando do visto de trabalho, já que não há remuneração. Mesmo sem o direito da palavra, dissemos isso ao oficial da imigração que, com muito cinismo e prepotência, nos replicou que poderíamos entrar como turistas, porém não naquele dia e, se quiséssemos, poderíamos voltar no dia seguinte. Ainda assim, manifestações, e pessoas do festival estavam no aeroporto tentando falar com a imigração para confirmar a veracidade das nossas informações, a falha de um documento complementar por parte do festival, bem como explicar que a nossa situação era completamente legal. A imigração, com seu radicalismo e xenofobia, não permitiu que essa comunicação fosse efetuada. A partir desse momento, a cordialidade dos oficiais ingleses transformou-se em uma hostilidade injusta e inadequada, já que estavam lidando com artistas (turistas) com documentação legal, que não haviam cometido nenhum delito. Digitais (mãos inteiras) e fotos foram tiradas de todos, e o direito de réplica nos foi negado de maneira estúpida e ameaçadora. Nos revistaram novamente, mas dessa vez de maneira agressiva. Nenhuma explicação. Agentes da segurança foram chamados para impedir qualquer manifestação da nossa parte, que apenas desejava conversar e entender o ocorrido. O pedido de tomar banho, trocar de roupas ou mesmo de fumar um cigarro foi negado rudemente, bem como a comunicação com a nossa produtora local. Os celulares foram apreendidos para que não tirássemos fotos. Em seguida, fomos escoltados por um grupo de seguranças até o momento de entrada no avião, cuidando para que não abríssemos as bagagens. Nos cercaram na zona de embarque na frente de todos os passageiros, até que os mesmos entrassem no avião. Nos sentimos envergonhados e acuados, e enquanto embarcávamos de volta, os seguranças ingleses nos davam um “tchauzinho” cínico e um sorriso sarcástico.
É importante registrar o quanto foi saudosa a recepção da tripulação da TAM, assim como a reação dos passageiros a nossa volta, bem como a calma e solidariedade da Policia Federal ao chegarmos no Brasil.
Com relação à falha da documentação complementar que não foi emitida pelo festival (registro), o grupo já está tomando as devidas providências. Vale ressaltar que tal falha do festival não tornava a nossa condição ilegal para que pudéssemos, de alguma forma, entrar em solo “shakespeareano”.
Escrevemos essa carta para o esclarecimento dos fatos, para que não haja dúvidas e tampouco distorções a respeito do ocorrido. Sobretudo, colocamos aqui que o objetivo não é o ressarcimento financeiro, e sim a expressão de nossa tristeza, indignação e sensação de impotência, visto que nos sentimos envergonhados sem termos feito nada de errado, bem como nos sentimos fracassados e humilhados sem termos falhado. Não é possível descrever o sentimento de rejeição e injustiça gratuita que experienciamos. No mais, acima de tudo, queremos fazer jus a nossa dignidade. Chegou a hora de lutarmos efetivamente contra a xenofobia, bem como reivindicar nossos direitos de cidadãos do mundo e artistas.
Abraço a todos,
Teatro da Curva
Celso Melez, Didio Perini, Flávia Tápias, Leandro D’Errico, Mariana Blanski, Ralph Maizza, Reynaldo Thomaz, Ricardo Gelli, Tadeu Pinheiro e Walter Figueiredo.
Dilma,
Aproveito eu, Andrea Schilz, brasileira residindo na Alemanha e editora do Blog da Dilma para fazer um apelo pois nós que moramos no exterior não aguentamos mais ver esse tipo de tratamento dado a brasileiros e, esse é apenas um dos problemas que acontece fora do Brasil e por isso nós gostaríamos saber qual o plano de governo para quem vive no exterior ou mesmo vai a passeio como no caso do grupo brasileiro acima?
Brasileiros no Exterior: Nós Existimos!!
A TV Record levou ao ar, a história do terreno invadido pela TV Globo de São Paulo que, após a denúncia, virou projeto de uma escola técnica estadual voltado ao audio-visual. Além da polêmica sobre o uso privado de um terreno público durante anos, existe todo um conflito de interesses na construção dessa escola.
Será julgada no próximo dia 24 de agosto, pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), a Ação Declaratória de Inexistência de Ato Jurídico proposto pelos herdeiros dos antigos acionistas da Rádio Televisão Paulista S/A — hoje TV Globo — contra o espólio de Roberto Marinho. A informação é da Tribuna da Imprensa.
Antes de deixar Vitória a candidata a presidência da República Dilma Rousseff se reuniu com o governador Paulo Hartung, no Palácio Anchieta. Hartung, pela primeira vez, manifestou apoio publicamente à candidatura petista. O governador destacou a aliança partidária e o trabalho entre PMDB e PT no desenvolvimento do país.
“Eu apresentei meu meu apoio à candidatura da nossa ministra Dilma Rousseff. Os nossos dois partidos são coligados a nível nacional, trabalhando no projeto que hoje é liderado pelo presidente Lula e que tem sua continuidade com a ministra Dilma e o companheiro Temer”, disse.
Dilma Rousseff afirmou que ter o apoio declarado de Hartung é importante para a campanha dela, visto que o governador é um dos melhores do Brasil, de acordo com a candidata.
“É um apoio muito importante, pois é um apoio qualificado. Hartung é um dos melhores governadores que o nosso país teve. Pra mim é uma grande honra recebê-lo”, destacou.
De Vitória, Dilma seguiu para Osasco, em São Paulo, onde participaria de atividade de campanha ao lado do presidente Lula.
Fonte: GazetaOnline
Dilma: ainda é hora de trabalhar muito
A candidata à presidência pela coligação Para o Brasil Seguir Mudando, Dilma Rousseff, disse hoje que por mais que as pesquisas indiquem que é cada vez maior a possibilidade de vitória no primeiro turno das eleições é hora de trabalhar ainda mais e continuar pedindo votos. Ela falou pouco antes do comício em Mauá, na região do ABC, em São Paulo.
“Pesquisa não ganha eleição para nada. Ganha eleição o povo votando no dia 3 de outubro. Daqui até lá são mais de 40 dias. Então, a gente não pode de maneira alguma achar que o clima é de já ganhou, que o clima do sapato alto garanta qualquer coisa. O que garante é a gente trabalhar de hoje até o dia 3, batalhar muito, perder muito a voz e conversar com o povo”, disse.
Segundo ela, a vantagem nas pesquisas está sendo conquistada porque a população tem reconhecido paulatinamente que ela representa a continuidade com avanços do projeto do governo Lula.
“Qualquer vitória que minha candidatura consiga vai depender da aprovação de um projeto que começamos a realizar em 2003. Ali em 2003, com muito esforço, começamos um processo de transformação do Brasil. É isso que pode levar que no dia 3 de outubro, às 5 da tarde, fechadas as urnas, a gente possa ter qualquer perspectiva de ganhar no primeiro ou no segundo turno”, argumentou.
Do G1, em Brasília
Serra caiu nas pesquisas e atinge 30% dos votos, segundo o Datafolha
Foto: Igo Estrela/ObritoNews/Divulgação
Marcela Rocha
Direto de Duque de Caxias
Questionado sobre a queda na última pesquisa Datafolha, divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo neste sábado (20), o candidato à presidência da República José Serra (PSDB) se negou mais uma vez a comentar os números. “Não comento pesquisa”, voltou a dizer Serra durante manifestação em Duque de Caxias, a 15 km da capital fluminense.
A pesquisa reforça a queda do candidato tucano nas intenções de votos nas últimas pesquisas. Na Datafolha, a candidata do PT, Dilma Rousseff, abriu 17 pontos de diferença em relação a Serra, que tem agora 30% dos votos.
Serra também comentou as duas ações no TSE pedidas pela coligação “Para o Brasil Seguir Mudando”, da chapa de Dilma, para tirar tempo de seu programa eleitoral. “Isso é para atrair atenção e fazer com que os jornalistas perguntem. São bobagens, factóides, sem importância nenhuma”, afirmou.
A coligação da petista argumenta que a citação de Lula no jingle de Serra pode confundir o eleitor. O tucano voltou a dizer que o PT tem a tradição “de atacar e processar as vítimas”.
Quem também comentou a última pesquisa Datafolha foi o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra. “Já tínhamos nos preparado para este impacto”, disse.
O tucano afirmou que “com o conhecimento que ela (Dilma) ganhou através da propaganda eleitoral e com a ingestão de Lula, era esperada a reação do eleitorado”.
Terra Magazine
Amigos , leitores e blogueiros
Participei do Iº Encontro de Blogueiros Progressistas lá no Sindicato dos Engenheiros na manhã de hoje. Foi muito, muito bom. Ouvir pessoas inteligentes é bom demais. Prof. Emir Sader, Luiz Nassif, Paulo Henrique Amorim, Miro Teixeira, Brizola Neto, entre tantos outros Blogueiros que deram seus depoimentos, fizeram perguntas, mandaram seu recado. Foi ótimo conhecer os amigos da blogosfera, foi emocionante abraçar pessoas que a anos só nos conhecíamos pela Internet. Daniel, Enzo, Saroba, Suzana, Celso Jardim, Cloaca , entre muitos outros. Pessoas maravilhosos, inteligentes, todos com um ótimo senso de humor e muita disposição para um futuro muito melhor. Foram horas muito agradáveis e muito proveitosa. Amanhã tem mais, e eu estarei lá com certeza.
Jussara Seixas
O Ministério Público Eleitoral (MPE) e a Polícia Federal realizou ontem uma operação de busca e apreensão em um escritório no Centro de Porto Alegre, onde supostamente estaria ocorrendo crime eleitoral e compra de votos. O esquema assediava eleitores, abordados na rua e convidados a subir até o 6º andar de um prédio na Andradas, para assistir vídeos negativos sobre Dilma Rousseff (PT). Na saída eram induzidos a “refletirem” sobre os vídeos e a votar no candidato José Serra (PSDB). Após responder a um questionário, os eleitores recebiam como “mimo” uma caixa de bombons. As equipes que atuam no escritório onde estaria ocorrendo o crime eleitoral não permaneceram todos os dias no mesmo local. Na Rua dos Andradas, eles ficaram apenas na segunda e quarta-feira. Há suspeitas que estariam atuando em outras regiões da Capital. A investigação do MPE começou no início desta semana, após denúncia feita pela funcionária pública, Bruna Quadros. Ela relatou ter sido abordada por uma jovem com uma prancheta informando que se tratava de uma pesquisa de intenção de voto. “Respondi rapidamente algumas questões, nome, idade, escolaridade e uma estimulada sobre os candidatos à Presidência. Ao responder Dilma, ouvi o lamento da entrevistadora: ‘Não quer trocar pro Serra, não?’, perguntou.” Em seguida, a entrevistadora perguntou se ela queria um brinde (coisa proibida pela legislação eleitoral). Bruna perguntou qual o instituto que estava realizando a pesquisa. A resposta foi que era uma equipe de São Paulo, sem identificar a empresa. Depois, Bruna foi convidada a subir ao 6 andar do prédio e assiste a alguns vídeos. Na hora de receber o “brinde”, a entrevistadora confidenciou que muita gente “entra lá disposta a votar na Dilma e sai pensando que o Serra é um herói”. Na quinta-feira, o MPE designou um funcionário para ir ao prédio e verificar o que estava ocorrendo. Ele constatou que as pessoas são realmente abordadas na rua e posteriormente encaminhadas a uma sala onde assistem vídeos dos candidatos a presidente, “com clara indução da manifestação do eleitor”, segundo o mandato de busca e apreensão. “Essa é uma questão que se comprovado o ato de induzir o voto, caracteriza crime eleitoral”, afirma o promotor. Na operação realizada pelo MPE e Polícia Federal, foram apreendidos dois computadores onde estavam gravados os vídeos, e-mails, formulários utilizados para efetuar a pesquisa, notas fiscais e caixas de bombons. (Do Correio do Povo)
Um dos maiores atos políticos da campanha de Dilma Rousseff até agora nessas eleições, o comício ao lado do Jardim Rochdale, em Osasco (SP), reuniu milhares de pessoas, que estavam eufóricas para assistir Dilma e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no palco. A comunidade carente que tem mudado graças aos investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em saneamento e habitação estava toda reunida para agradecer a Lula pela ajuda nos últimos anos.
Ao discursar, Dilma ressaltou a importância de dar continuidade ao governo Lula e pediu aos eleitores paulistas que batalhem pela eleição do senador Aloizio Mercadante ao governo de São Paulo.
“Cada um de nós quando o presidente Lula deixar o Palácio do Planalto vai sentir um aperto no coração. Só uma coisa pode nos consolar. E essa coisa está clara qual é. É a continuidade do governo dele sem retrocesso, é o avanço, é eleger uma mulher presidente desse país para continuar com a missão desse metalúrgico, que sem dúvida nenhuma fez o melhor governo para milhões e milhões os brasileiros”, disse.
Luta democrática
O candidato a vice-presidente na chapa de Dilma, o deputado Michel Temer (PMDB-SP), frisou a luta de Dilma para que aquelas pessoas tivessem o direito de estar ali reunidas. “A Dilma trabalhou para que tivéssemos democracia política no país. Estamos aqui porque alguém lutou para que tivéssemos liberdade de expressão. A Dilma lutou por isso”, discursou.
Dilma fez questão de exaltar o papel das mulheres nessa eleição. “Hoje, a vida de cada um é diferente, é melhor, porque além das realizações materiais tem dentro do nosso coração a esperança, que é a certeza de um futuro muito melhor. Minhas companheiras, vamos juntas. Essa será uma eleição que vai dignificar as mulheres do nosso país.”
Eleição das mulheres
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o Brasil precisa eleger uma mulher após ter colocado um metalúrgico no comando do país. Segundo ele, não há motivo para preconceito contra as mulheres, porque elas significam algo sagrado para a sociedade.
“Qual é o preconceito que a gente pode ter contra uma pessoa que ensinou a gente a comer quando a gente nem sabia pegar numa colher? Qual é o preconceito que a gente tem contra uma pessoa que perdeu horas e horas para ensinar a gente a andar? Qual é o preconceito que a gente pode ter contra uma pessoa que nos deu o caráter, porque quem dá o caráter não é o pai, é a mãe? Qual é o preconceito que a gente pode ter contra uma pessoa que significa algo tão sagrado na sociedade, como a mulher? Tão importante que só ela pode procriar”, discursou Lula.
Por esses motivos, o presidente disse que é chegada a hora de o Brasil ter uma mulher na Presidência da República. “Por isso, companheiras mulheres é que temos que levantar a cabeça humildemente e estufar o peito sem empinar o nariz e dizer: nós já tivemos a coragem de votar num metalúrgico e não erramos e agora vamos votar numa mulher para fazer o que precisa ser feito nesse país. Para mudar definitivamente a história do nosso Brasil.”
“Isso não é pedágio, é roubo. É roubo ao povo brasileiro”, disse o presidente durante o comício, realizado nesta sexta-feira em Osasco, na região metropolitana de São Paulo.
No palanque de Dilma esteve também o candidato petista ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante.
Lula criticou ainda o encaminhamento dado pelo governo paulista às políticas sociais do governo federal, afirmando que os tucanos não têm “humildade”. “A falta de humildade deles não reconhece nem o dinheiro federal que passou para eles”, acrescentou.
Dilma, por sua vez, voltou a atacar as promessas da chapa tucana para manter os projetos sociais já existentes do governo federal, como o Bolsa Família e o ProUni. “Sabe quem tentou acabar com o ProUni? O partido do vice do meu adversário”, acusou Dilma, referindo-se ao DEM, que faz coligação com o PSDB. “E hoje (eles) vêm falar que são a favor do ProUni”, acrescentou.
Dilma lidera com folga as pesquisas de intenção de voto em relação a Serra. Já Mercadante se encontra longe do tucano Geraldo Alckmin (PSDB) na corrida pelo governo de São Paulo.
No palanque de Dilma estiveram também os ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Franklin Martins (Comunicação Social).
(Por Fernando Cassaro)
Candidato a presidente faz apenas aparição-relâmpago no programa de aliado que disputa o governo mineiro
Cúpula do partido pede que aliados nos Estados passem a exibir mais o presidenciável tucano; Gabeira põe depoimento
PAULO PEIXOTO
RODRIGO VIZEU
DE BELO HORIZONTE
O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, perdeu espaço no programa eleitoral do candidato do partido ao governo de Minas, Antonio Anastasia. A mudança ocorreu mesmo depois de a cúpula tucana ter pedido aos aliados para que aumentassem a exposição de Serra nos programas regionais.
Na última quarta-feira, Serra não teve o nome citado ou fez apenas aparições discretas nos programas dos candidatos a governador coligados a sua candidatura.
Houve poucas exceções, como Beto Richa (PSDB-PR), que exibiu um depoimento de Serra no programa noturno. Em Minas Gerais, a imagem de Serra apareceu quatro vezes, rapidamente, no programa de Anastasia. Seu nome não foi citado.
Ontem foi ainda pior. No programa da tarde, o presidenciável só apareceu uma vez, de relance. No programa da noite, a imagem dele apareceu uma vez mais.
O presidente do PSDB, Sérgio Guerra, havia telefonado a aliados para pedir que Serra fosse inserido nas propagandas regionais.
O pedido não surtiu efeito ao menos nos programas de Yeda Crusius (PSDB-RS), Paulo Souto (DEM-BA), Marcos Cals (PSDB-CE), Joaquim Roriz (PSC-DF) e Rosalba Ciarlini (DEM-RN), nos quais Serra não foi citado.
GABEIRA
No Rio, no entanto, Serra apareceu ontem no programa eleitoral pedindo votos a Fernando Gabeira (PV), que disputa o governo coligado com o PSDB, DEM e PPS.
No programa de quarta, Serra não havia aparecido.
Em Pernambuco, Jarbas Vasconcelos (PMDB) apareceu ontem em seu programa abraçando Serra.
A cena é rápida, e o nome do tucano não é mencionado em nenhum momento.
Em MG, o candidato ao governo Hélio Costa (PMDB) usa estratégia semelhante à adotada por Serra na TV.
Da mesma forma que Serra recorreu ao prestígio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, colocando a imagem do presidente no seu programa eleitoral, Costa recorre à popularidade do ex-governador tucano Aécio Neves.
“HELÉCIO”
Em dois dias de programa na TV, Aécio -que apoia a candidatura do também tucano Anastasia, adversário de Costa- foi citado 14 vezes pelo peemedebista.
Costa não chega a mostrar a imagem de Aécio, mas defende “continuar as coisas boas que Aécio fez”.
Petista vai a 47%, e tucano tem 30% após horário eleitoral, aponta Datafolha
Marina oscilou de 10% para 9%; candidata do PT tem 54% dos votos válidos; 34% dizem ter assistido propaganda
FERNANDO RODRIGUES
DE BRASÍLIA
Na primeira pesquisa Datafolha depois do início da propaganda eleitoral no rádio e na TV, a candidata a presidente Dilma Rousseff (PT) dobrou sua vantagem sobre seu principal adversário, José Serra (PSDB), e seria eleita no primeiro turno se a eleição fosse hoje.
Segundo pesquisa Datafolha realizada ontem em todo o país, com 2.727 entrevistas, Dilma tem 47%, contra 30% de Serra. No levantamento anterior, feito entre os dias 9 e 12, a petista estava com 41% contra 33% do tucano.
A diferença de 8 pontos subiu para 17 pontos. Marina Silva (PV) oscilou negativamente um ponto e está com 9%. A margem de erro máxima do levantamento é de dois pontos percentuais.
Os outros candidatos não pontuaram. Os que votam em branco, nulo ou nenhum são 4% e os indecisos, 8%.
Nos votos válidos (em que são distribuídos proporcionalmente os dos indecisos entre os candidatos e desconsiderados brancos e nulos), Dilma vai a 54%. Ou seja, teria acima de 50% e ganharia a disputa em 3 de outubro.
Os que viram o horário eleitoral alguma vez desde que começou, na terça-feira, são 34%. Entre os que assistiram a propaganda, Dilma tem 53% e Serra, 29%.
Nos primeiros programas, Dilma apostou na associação com Lula, que tem 77% de aprovação, segundo o último Datafolha (leia texto sobre propaganda na pág. A6).
A petista cresceu ou oscilou positivamente em todos os segmentos, exceto entre os de maior renda (acima de dez salários mínimos).
Dilma tinha 28% de intenção de voto entre os mais ricos e manteve esse percentual. Mas sua distância para Serra caiu porque o tucano recuou de 44% para 41% nesse grupo, que representa apenas 5% do eleitorado.
MULHERES E SUL
Já entre as mulheres, Dilma lidera pela primeira vez. Na semana anterior, havia empate entre ela e Serra, em 35%. Agora, a petista abriu 12 pontos de frente nesse grupo: 43% contra 31% de Serra.
Marina tinha 11% e está com 10% entre as mulheres. A verde continua estável desde março no Datafolha. Tem mostrado alguma reação só entre os mais ricos, faixa em que tinha 14% há um mês, foi a 17% e agora atingiu 20%.
A liderança de Dilma no eleitorado masculino é maior do que entre o feminino: tem 52% contra 30% de Serra. A candidata do PV tem 8%.
Outro número bom para Dilma é o empate técnico no Sul. Ela chegou a 38% contra 40% de Serra. Há um mês, ele vencia por 45% a 32%.
Serra não lidera de forma isolada em nenhuma região. No Sudeste, perde de 42% a 33%. No Norte/Centro-Oeste, Dilma tem 50%, e ele, 27%.
No Nordeste a petista teve uma alta de 11 pontos e foi a 60% contra 22% do tucano.
Houve também um distanciamento de Dilma na disputa de um eventual segundo turno. Se a eleição fosse hoje, ela teria 53% contra 39% de Serra. Há uma semana, ela tinha 49% e ele, 41%.
Na pesquisa espontânea, em que eleitores declaram voto sem ver lista de candidatos, Dilma foi de 26% para 31%. Serra foi de 16% a 17%.
Brancos e nulos somam 4%, enquanto 8% dos entrevistados disseram não saber em quem vão votar. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.
Nos votos válidos (em que são distribuídos proporcionalmente os dos indecisos entre os candidatos e desconsiderados brancos e nulos), Dilma vai a 54%. Ou seja, teria acima de 50% e ganharia a disputa em 3 de outubro.
Na pesquisa espontânea para o primeiro turno, Dilma Rousseff aparece com 31% das intenções de voto, contra 17% de José Serra. No levantamento anterior, a candidata do PT tinha 26%, contra 16% do presidenciável do PSDB.
Houve também um distanciamento de Dilma na disputa de um eventual segundo turno. Se a eleição fosse hoje, ela teria 53% contra 39% de Serra. Há uma semana, ela tinha 49% e ele, 41%.
Entre as mulheres, Dilma lidera pela primeira vez. Na semana anterior, havia empate entre ela e Serra, em 35%. Agora, a petista abriu 12 pontos de frente nesse grupo: 43% contra 31% de Serra.
Marina tinha 11% e está com 10% entre as mulheres. A verde continua estável desde março no Datafolha. Tem mostrado alguma reação só entre os mais ricos, faixa em que tinha 14% há um mês, foi a 17% e agora atingiu 20%.
A liderança de Dilma no eleitorado masculino é maior do que entre o feminino: tem 52% contra 30% de Serra. A candidata do PV tem 8%.
O Datafolha entrevistou 2727 pessoas no dia 20 de agosto. A pesquisa foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o número 24460/2010.
*Com informações da Folha.com
Serra está em queda livre desde o início do horário gratuito de propaganda eleitoral no rádio e na televisão. É o que as próximas pesquisas deverão confirmar.
Datafolha sairá neste fim de semana. Sensus na terça-feira. E vem mais uma do Ibope por aí.
A mais recente pesquisa Ibope deu 11 pontos de frente para Dilma. A que virá aumentará a distância entre Serra e ela para algo em torno de 15 ou mais pontos.
Blog do Noblat
Em seu editorial desta sexta-feira (20), o portal Carta Maior apresenta as contradições do candidato Serra, que é de oposição, mas que bem gostaria de ter o apoio (e a popularidade) do presidente Lula.
Confira o editorial publicado nesta sexta-feira (20):
“Serra faz propaganda enganosa vendendo uma intimidade política e pessoal com o presidente Lula que ele não tem.
Guinadas sucessivas durante a campanha, às vezes num mesmo dia, não raro em intervalo de horas, já suscitam, até em aliados, a dúvida pertinente: afinal, o que é verdadeiro em José Serra?
De dia, o arestoso tucano acusa o governo Lula de cercear a liberdade de expressão; à noite, o personagem esquivo adula o Presidente da República e esconde FHC, o mandatário a quem serviu durante oito anos.
“Ingrata”, diz em relação a adversária que, em raciocínio tortuoso, acusa de menosprezar a obra do governante eclipsado em sua própria campanha, cujo carro-chefe é não olhar o retrovisor.
Seu jingle eleitoral falsifica a voz de cantora famosa; no rádio, falsifica a voz de Lula; a favela onde falsifica popularidade é uma simulação reveladora da visão higienista adotada quando esteve à frente do poder municipal e estadual.
O candidato que incorpora Carlos Lacerda num dia, afirma ter sido elogiado por Brizola no outro; defende a liberdade de imprensa em discurso mas pede cabeças de jornalistas aos patrões pelo telefone.
‘Democrático’ em auto-elogio, implodiu a própria coligação na obsessiva rotina de centralização das decisões mais comezinhas.
O presidenciável que se propunha a unir o Brasil, agora desqualifica conferencias nacionais da cidadania com a participação ecumênica de milhares de delegados de todo o país.
Serra será apenas um caso de Procon, um oportunista desesperado? Ou um distúrbio de personalidade perigosamente aferrado à idéia de ser o onipotente governante do país?”
Carta Maior (www.cartamaior.com.br)
MÁRCIO FALCÃO
DE BRASÍLIA
O PT começou a responder nesta sexta-feira parte dos ataques do PSDB à presidenciável Dilma Rousseff e entrou com duas representações na Justiça Eleitoral contra inserções de José Serra (PSDB) no rádio.
As peças da campanha tucana citam o nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e acusam Dilma de “pegar o bonde andando” e de ser desconhecida. As inserções fazem parte da estratégia tucana para reverter a desvantagem nas pesquisas de intenção de votos.
Leia as representações e
Os advogados do PT devem entrar neste sábado com uma nova ação, desta vez acusando Serra de explorar indevidamente a imagem de Lula em sua propaganda na televisão. O programa da coligação que busca eleger José Serra mostrou o candidato ao lado do presidente em três quadros, na abertura da propaganda eleitoral. O texto dizia “Serra e Lula, dois homens de história, dois líderes experientes”.
Nas representações protocoladas hoje, o PT pede a perda de 420 segundos de inserções dos tucanos na propaganda eleitoral no rádio. O texto acusa Serra de usar “maliciosamente” seu espaço na propaganda eleitoral para “confundir o eleitor”, “ridicularizar” Dilma, sustentando que ela é uma “pessoa que não se pode confiar”.
“A propaganda expõe falsamente a candidata Dilma Rousseff buscando claramente degradar e ridicularizar sua imagem, colocando-a como popularmente e depreciativamente chamado de “um ninguém”. [...] Ademais, maliciosamente aproveitar-se da imagem de filiado a partido adversário quanto trata o Exmo. Sr. Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, como “nosso Lula”, diz a ação.
O PT questiona duas inserções utilizadas pela coligação de Serra. A primeira fala: “Nosso Lula está saindo; e essa senhora quer ficar no seu lugar; ninguém conhece; ninguém sabe de onde veio; ninguém sabe o que ela pensa; como eu posso confiar; lula que me desculpe, mas com a Dilma não vai dar”, diz o jingle.
A outra peça sugere que Dilma quer usurpar os feitos do governo Lula. “Dona Dilma pegou o bonde andando; tá de carona e quer sentar na janela; dona Dilma; o Lula fez as coisas; a gente sabe; nessa eleição vão dizer que é tudo dela; é ruim, hein”, afirma a música.
Para os petistas, a propaganda tucana quer sugerir uma intriga entre Lula e Dilma. “Visando ainda causar no eleitor uma imagem de intriga entre ele e sua candidata e correligionária Dilma Rousseff, como alguém que supostamente estaria buscando usurpar seus feitos e realizações. [Querem mostrar] que o presidente da República seria aliado a eles e não à candidata”.
O nome da cidade já indica o futuro: Vitória. Na capital capixaba, a candidata Dilma Rousseff desembarcou no fim da manhã na Praça Costa Pereira, que estava tomada por cerca de 5 mil eleitores e militantes. O caminho até a Praça Oito, cerca de 500 metros, custou a ser feito.
Em frente ao carro de som, centenas de bandeiras forçavam o carro que levava Dilma e o candidato ao governo do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), a andar em marcha lenta.
Na Praça Oito, do alto do carro de som, Dilma cantou com os militantes e saudou os que ocuparam as janelas dos prédios vizinhos. Uma chuva de papel picado atingiu a praça quando a candidata revelou: “O Espírito Santo faz parte da minha vida. Eu sou mineira e vocês sabem onde o mineiro conhece o mar. Eu estava nas costas do meu pai quando enxerguei o mar pela primeira vez em Guarapari.”
Dilma afirmou que o pré-sal encontrado nas águas capixabas trará desenvolvimento ao Espírito Santo. Em julho, a Petrobras iniciou no Campo de Baleia Franca a exploração do primeiro poço de petróleo da camada pré-sal. A produção de 13 mil barris de petróleo leve por dia deve chegar a 20 mil ainda este ano.
“O Espírito Santo é o berço de uma das maiores riquezas do Brasil, que é o pré-sal. Esta riqueza vai gerar trabalho, renda e vida digna para os filhos deste estado. E vai orgulhar muito o Brasil”, disse a candidata.
Dilminha, a guerrilheira
Por EDUARDO PÓVOAS
Tenho lido e recebido via e-mail todo santo dia, gozação sobre a postura e a fala da candidata “guerrilheira” Dilma. Voltei ao tempo, e comecei a me lembrar da saraivada de “balas” que o grande molusco levava nas suas campanhas passadas. Essas mesmas saraivadas, a “tchurma” letrada e doutorada que governou este país por oito infindáveis anos, reserva hoje para a “guerrilheira” Dilma.
O povo não pensou desta maneira. O povo resolveu tapar os olhos e os ouvidos para os comentários feitos pelos “doutores” da Sorbonne ou das melhores Universidades dos Estados Unidos que se intitulavam (e até hoje se intitulam) os “salvadores da pátria” transformando-os em “pérolas ao vento”.
Parece que tudo que há de bom neste país foi construído por essa casta de prepotentes que se julgam os donos da verdade e morada da inteligência. Continuam até hoje com uma venta nos olhos e com um tampão nos ouvidos, fazendo absoluta questão de não ver e muito menos ouvir como vive atualmente o povo brasileiro.
Nada, absolutamente nada se cria por aqui. Tudo de bom foi copiado das idéias tiradas das cabeças “privilegiadas” da nação (estas só existem por lá). Se nosso povo hoje está melhor, se há melhor distribuição de renda, se há mais comida na mesa dos brasileiros, o mérito é da turma do passado, pois só ao lado deles gravitam inteligências capazes de produzir tais resultados.
O grande molusco era o cangaceiro metalúrgico desgarrado do sertão nordestino que se propunha a afundar o pais, pois não tinha experiência, e seu grau de instrução deixava a desejar. Virou “pop star” internacional, causando ciúme e inveja a muitos doutores que fizeram das tripas coração para chegar lá.
Só eles possuíam em suas fileiras o melhor Ministro da Saúde do planeta. Ninguém mais poderia comandar com tamanha segurança e habilidade essa pasta, pois lhe faltava inteligência e preparo. Tudo que lemos na grande imprensa é mentirinha. Esse barbudo inventa essa “besteira” de que o pais está melhor.
Nos debates, o grande molusco levava “bordoada” de todos os lados. Tentavam lhe imputar o cetro da incompetência e do despreparo para o cargo.
Confesso-lhes que até eu, em determinado momento passei a duvidar se esse metalúrgico de nove dedos teria condições de ser Presidente da República.
No primeiro mandato não votei nele. Claro, na turma de “doutores” muito menos!
No segundo, tapei meu nariz, virei à cara de lado e “enfiei” o dedo na urna no momento que apareceu um homem barbudo. Se arrependi? Claro que não! Vou fazer de novo esse ritual no dia três de outubro. Só que desta vez não precisarei tapar meu nariz e muito menos virar a cara de lado, pois tenho certeza de que hoje vivo em um pais melhor.
Foto ao lado de metralhadora que vem circulando na internet, não me mete medo. Não deve meter medo também a você que come melhor hoje, que hoje tem sua casa, que vive com um dinheirinho por mês, e que esses doutores pós-graduados nunca tiveram a sensibilidade de assim agir, pois denominavam, eu disse denominavam (no passado) isso de paternalismo, hoje classificado por eles de “necessário”. Legal né?
Lá como cá, haverá de ter continuidade. Lá como cá, nossos candidatos estão tais qual um excepcional goleador, na hora certa e no lugar certo.
Agora não é hora de mudança. Levaram duas surras homéricas de um analfabeto (como eles classificam o super molusco) que só tem nove dedos, imaginem de quem tem dez! Vou rir pra caramba!
*EDUARDO PÓVOAS, cirurgião dentista, é cuiabano
povoas@terra.com.br
Pescado da Página do E
*por FERNANDO RIZZOLO
Blog do Rizzolo –
Um dos maiores problemas circunstanciais de qualquer crise financeira é a falta de perspectiva geral no que diz respeito à oportunidade de emprego. Essa situação agrava-se em demasia quando determinada faixa populacional é mais diretamente atingida, como os jovens. É de se analisar que as políticas de empregabilidade nos países ricos sempre estiveram nas pautas sociais, e houve, no decorrer da história, um elenco de lutas nesse sentido.
Contudo, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), composta de economias de alta renda, com alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) – ou seja, elencada por países desenvolvidos –, alerta para o agravamento do desemprego juvenil. Num documento recém-divulgado, a OCDE constata que, se os jovens já eram vulneráveis antes da crise e foram suas primeiras vítimas, o futuro não vislumbra nada de bom, uma vez que, de acordo com a Organização, a situação continuará a deteriorar-se por vários anos.
No estudo, observa-se que quatro milhões de jovens engrossaram as fileiras do desemprego durante a crise, elevando este índice para 18,8% em 2009, mais do dobro da taxa média de 8,6% para o conjunto da população. Enquanto o desemprego geral aumentou 2,5 pontos percentuais, o juvenil agravou-se 5,9 pontos.
É sobre esses dados que podemos fazer uma reflexão crítica sobre os efeitos das crises financeiras nos países ricos, onde a participação do Estado como regulador desse segmento foi quase nula ou omissa. No caso de países em desenvolvimento como o Brasil, onde houve uma política mais realista e mais intervencionista do ponto de vista regulador do Estado, a crise e o desemprego em geral, em especial no tocante aos jovens, não foram tão significativos.
De qualquer modo, o grande desafio tanto dos países ricos quanto daqueles em desenvolvimento é traçar políticas claras e específicas para a criação de novos empregos, com vistas à população jovem, criando possibilidades e incentivos no encaminhamento das políticas de formação de mão de obra, na geração do primeiro emprego, na educação de base e, acima de tudo, na preservação da dignidade e esperança do jovem de se sentir integrado no mercado de trabalho. Sem isso, com certeza lançaremos os jovens do nosso país ao ostracismo da desilusão, ao abraço perdido do narcotráfico e ao desalento patriótico da desesperança e engrossaremos o universo da já profetizada “geração perdida”.
Fernando Rizzolo é Advogado e editor do Blog do Rizzolo –
Sujo é o Rio Tietê que seu governo deixou de limpar por três anos
E levou sujeira para a toda suja cidade de São Paulo
Deve ser suja, a sociedade da sua filha com a filha do Daniel Dantas
Suja foi a compra superfaturada de ambulâncias no seu governo
Sujeira foi vender a Vale do Rio Doce por preço de banana
Suja ficou a roupa dos professores que você mandou agredir
Fazer contrato com a revista mais suja do país e depois distribuir de graça
A falta de anestésicos nas maternidades é uma grande sujeira
Sujeira é fechar comportas do rio para não alagar bairros nobres
E provocar inundações e um mar de sujeira na periferia
Dizer que são os nordestinos que sujam os rios
Sujeira é deixar a Globo usar de graça um terreno público do estado
Só da sua mente suja é capaz de tirar que inventou os genéricos
É arrumar um vice que só fala coisa suja e ainda do partido mais sujo do país
Sujeira é achar que filho de pobre pode estudar sem o ProUni
Maior sujeira é o que você fez com a classe trabalhadora em 1988
Sujo é ser ex-presidente da UNE e mandar jogar bombas nos estudantes da USP
Ser sujo é quem ignora pessoas mais humildes
Sujo é o DEM seu aliado da sua coligação
* Celso Jardim
José Serra recorreu ao “desespero”
Serra abriu seu programa no horário gratuito veiculado na noite do dia 19/08 com imagens do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sob a voz de um locutor: “Serra e Lula, dois homens de história. Dois líderes experientes”, enquanto era exibida imagens de Serra e Lula, ambos se cumprimentando.
Serra ao invés de falar mais sobre suas campanhas e deixar o lado pessoal de lado, parte para o apelo e crítica Dilma Rousseff: “Serra. A vivência que a Dilma não tem”.
O PT anunciou que irá entrar com uma representação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) contra o PSDB pela utilização de imagens do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no programa do candidato ao Planalto José Serra (PSDB).
A agenda do presidente da Câmara na cidade contemplou visita ao prefeito no Paço e almoço em restaurante de Santo André. Na segunda atividade, Temer e Aidan tiveram a companhia do deputado federal Arnaldo Faria de Sá (PTB – que apoia Dilma) e do prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), coordenador das candidaturas majoritárias do partido na região.
Indagado se trabalharia para a eleição de Dilma ou de Serra, Aidan reuniu Temer, Marinho e Arnaldo e posou para fotos. “Ainda bem que vocês são inteligentes e eu não preciso ficar gastando o português. Olha aqui o abraço. Estamos juntos”, ressaltou, sem citar o nome de Dilma – a legislação eleitoral não permite o voto para presidente e vice de chapas distintas.
“A amizade que tenho pelo Michel é muito mais forte do que um apoio. Ele é amigo em que posso contar em todas as horas”, justificou Aidan, cujo posicionamento vai na contramão do direcionamento dado pelas executivas nacional e estadual do PTB, que apoiam Serra.
“Sou prefeito e tenho que pensar maior que o partido. Se pensar só como partido não consigo fazer a governança”, analisou.
O petebista revelou que se encontrará com o presidente estadual da legenda, Campos Machado, na segunda-feira para explicar o novo rumo. “Estamos formando composição grande, com o Arnaldo e com o Frank (Aguiar, vice-prefeito de São Bernardo). Tenho que avançar pela amizade que tenho com o Michel. Não posso avançar de forma diferente”, destacou, ao citar dois correligionários que apoiam Dilma.
Para não causar mal-estar com o seu partido Aidan evitou tocar no nome da petista. Nem precisou. Questionado se seria automático o apoio do amigo a Dilma, Temer foi reticente, mas conclusivo. “Ele disse que apoiará a minha candidatura como vice-presidente, portanto…”, disse, com largo sorriso no rosto, indicando para a naturalidade do tema.
Martelo batido – Após o almoço, Marinho não conteve a satisfação pela articulação bem-sucedida em ter Aidan com Dilma. “Vamos caminhar juntos”, confirmou o prefeito de São Bernardo.
O novo posicionamento agradou também ao secretário municipal de Finanças e de Gabinete, Nilson Bonome. O homem-forte do governo Aidan já havia declarado sua preferência pela candidata petista. “Me agrada mais”, reiterou.
Foco para o governo do Estado segue sendo eleição tucana
A mudança de postura do prefeito Aidan Ravin com relação à corrida presidencial não foi acompanhada na esfera estadual. Segundo o petebista, seu apoio ao ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) é irrestrito.
“Estarei com Alckmin sempre. Não muda nada”, afirmou o chefe do Executivo. Aidan de fato vestiu a camisa pela candidatura do tucano ao Palácio dos Bandeirantes. O prefeito acompanhou as últimas aparições do tucano no Grande ABC. Na última delas, sábado, em Diadema, o petebista formou cordão de isolamento durante caminhada no Centro.
O prefeito descartou temer represálias por não seguir linha de apoio aos candidatos à Presidência e ao governo do Estado. “Tenho que pensar no melhor para a cidade”, disse, novamente justificando o posicionamento pró Michel Temer para governar o País e Geraldo Alckmin em São Paulo.
Para reforçar apoio ao tucano no Estado, Aidan estará hoje na inauguração do comitê regional do PSDB em Santo André. Ele e os prefeitos de São Caetano, José Auricchio Júnior (PTB), e de Rio Grande da Serra, Adler Kiko Teixeira (PSDB), são os coordenadores políticos da campanha de Alckmin na região.